Saúde
Diferenças entre tendinite e lesão no ligamento
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A tendinopatia anserina – também conhecida como tendinite da pata de ganso, porque o local onde o tendão se insere lembra o pé de um pato – acontece quando há uma inflamação de um tendão no lado medial (interno) do joelho. A bursa ou pequeno saco fluido também pode se tornar inflamado, causando dor, dando o nome de bursite anserina.
Sintomas
É difícil distinguir a tendinite anserina de uma lesão do ligamento medial, porque os sintomas são semelhantes, e ambas são suscetíveis a dor quando sobrecarregamos o interior das articulações do joelho e da perna. Os sintomas incluem dor ao longo do interior do joelho, em especial na parte inferior com irradiação para a perna. A dor pode ser sentida ao subir escadas ou quando contraímos os músculos isquiotibiais contra a resistência. Alongar os músculos isquiotibiais também pode causar dor.
Causas
A tendinite da perna é uma inflamação combinada do músculo semitendinoso (um dos tendões), do sartorius (o músculo que atravessa a frente da coxa) e do gracilis (grácil) muscular, que é um dos músculos adutores. Todos eles se anexam em conjunto na tíbia ou no osso da canela sobre a parte interna.
Nesta área, há também a bolsa anserina, que se encontra entre o tendão e o osso da tíbia. Esta bursa pode se tornar inflamada devido à fricção repetitiva em esportes como ciclismo, corrida e natação, especialmente nado peito. Isso resulta em bursite e/ou tendinopatia (às vezes chamada de tendinite).
Tratamento
Inicialmente, é preciso tratar os sintomas e depois trabalhar na causa da inflamação do tendão ou da bursa. O tratamento dos sintomas inclui descanso de quaisquer atividades agravantes e aplicação de gelo ou terapia fria para reduzir a dor e inflamação.
O gelo pode ser aplicado durante 10 minutos a cada hora ao longo dos dois primeiros dias. Depois, de três a quatro vezes por dia, conforme necessário. Medicamentos anti-inflamatórios, podem ser usados, ajudando a reduzir dor e inflamação. Alongar os músculos que rodeiam, como o quadríceps, isquiotibiais e adutores, pode ajudar.
Um terapeuta/fisioterapeuta pode aplicar métodos analgésicos e cicatrizantes. Se o tratamento não for bem-sucedido, injeções de corticosteroides têm se mostrado eficazes. Ondas de choque e acupuntura também estão no protocolo de tratamento.
A segunda fase do tratamento deve considerar a causa da lesão, corrigindo o problema. Tudo isso sob avaliação e prescrição médicas.
Bons treinos!
Ana Paula Simões é Professora Instrutora da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e Mestre em Medicina, Ortopedia e Traumatologia e Especialista em Medicina e Cirurgia do Pé e Tornozelo pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. É Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia; da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte; e da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte. www.anapaulasimoes.com.br